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Ratinho Junior visita Fiocruz e confirma vacinação em janeiro

DA REDAÇÃO

| Edição de 08 de janeiro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou ontem, em visita à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que a vacinação no Paraná deve começar em janeiro em profissionais de saúde e comunidades indígenas isoladas. A campanha respeitará os critérios do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e as doses que ingressarem no Programa Nacional de Imunização (PNI).

“O Ministério da Saúde tem anunciado que a partir do dia 20 começa essa campanha de imunização em todo o território nacional”, ressaltou Ratinho Junior.
Ele destacou que haverá inclusive doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca, e que no Brasil está sob responsabilidade da Fiocruz. “Foi uma agenda muito importante para conhecer a área técnica e a preparação da produção da vacina”, disse
A Fiocruz informou que o protocolo de uso emergencial do imunizante será entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) hoje. Após a aprovação, o Paraná vai receber parte de 2 milhões de vacinas que serão importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia. As doses deverão ser as primeiras aplicadas no País, junto com a Coronavac/Butantan, aprovada ontem.
O governador reforçou que o Paraná respeitará o calendário nacional e está se preparando desde o ano passado para receber, armazenar, distribuir e imunizar milhões de paranaenses em 2021. “O Paraná está pronto. Temos agulhas, seringas, praticamente dois mil pontos de vacinação e uma logística pronta para os imunizantes chegar nos municípios”, disse Ratinho Junior.
O Governo do Estado afirma já ter adquirido 11 milhões de seringas  e 21 câmaras frias para armazenamento dos imunizantes, além de ter feito o registro de preço para aquisição de mais 16 milhões de seringas. O Estado já contratou 31 câmaras frias em parceria com o governo federal, além de ter outras 180 em processo de aquisição. O Paraná tem R$ 200 milhões previstos no orçamento deste ano para a aquisição de vacinas.
Ele destacou ainda o processo de regionalização dos serviços de saúde iniciado ainda em 2019 e disse que a Secretaria de Estado de Saúde já trabalha esta estratégia em conjunto com as prefeituras e as regionais há bastante tempo. “Estamos reafirmando esse modelo que é bem sucedido. Teremos toda a logística necessária para distribuir a vacina aos municípios, com todo o apoio necessário”.
O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que a visita possibilitou conhecer de perto a linha de produção planejada pela Fiocruz e afirmou que o Estado tem uma parceria sólida com a instituição. “Vamos vacinar em todos os municípios do Estado. Estamos preparados para fazer uma grande campanha de vacinação no Paraná”.

FIOCRUZ
 A Fiocruz vai protocolar o pedido de uso emergencial da vacina e, em paralelo, está encaminhando o processo do registro definitivo. O acordo com a farmacêutica inglesa prevê a disponibilização de 254 milhões de doses aos brasileiros nos próximos meses, sendo 210 milhões em 2021.
A distribuição será escalonada em 2 milhões de doses em janeiro, 4,5 milhões em fevereiro, 20 milhões em março, 26 milhões em abril, 59,9 milhões até julho e o restante no decorrer do segundo semestre. A previsão da entidade é de que toda a produção seja nacional até agosto.

BUTANTAN
O Instituto Butantan confirmou na noite de ontem que assinou um contrato com o Ministério da Saúde para a aquisição de doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com a instituição.
O documento prevê o fornecimento de 46 milhões de doses, em quatro entregas até o dia 30 de abril. Há ainda a possibilidade de o órgão federal adquirir do instituto outras 54 milhões de doses, totalizando 100 milhões. Cada dose da vacina custará R$ 58,20 e o valor total do contrato é de R$ 2,6 bilhões.