CIDADES

min de leitura - #

Trabalho de combate à dengue de Arapongas é referência

Da Redação

| Edição de 27 de novembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O município de Arapongas deve encerrar 2019 como referência regional no combate ao mosquito Aedes aegypti. Dos 231 casos notificados no período 2014/2015, Arapongas conseguiu baixar para apenas 7 casos no período 2018/2019. Em comparação com outros municípios da região, trata-se de uma conquista importante, levando-se em conta que também em 2018/2019 Apucarana apresentou 141 casos, Londrina 1.524 e Maringá 836.

“O que estamos vendo aqui é o resultado de um trabalho que reuniu o poder público e as entidades, com o apoio da sociedade. Importante destacar o fato de a administração municipal ter dado toda a autonomia e ter feito deste setor uma de suas prioridades”, afirmou Valdecir Pardini, coordenador do Controle de Endemias.
Ele apresentou um balanço dos trabalhos do setor, durante solenidade realizada na manhã de ontem, na Escola Municipal Professora Heloísa Giancristófaro. O evento também foi marcado pela apresentação de três projetos que foram destaque no meio estudantil de Arapongas ao longo de 2019: o Cinema da Dengue, a Escola de Pais e a União Faz a Vida, este em parceria com o Sicredi. Pardini lembrou que em 2017, início da atual gestão, o Controle de Endemias trabalhava com apenas 23 agentes, o que tornava impossível combater o mosquito Aedes Aegypti. “Quando recebi o convite do prefeito Sérgio Onofre para assumir a gerência, pensei nas consequências, mas aceitei diante da certeza que ele nos deu, de que teríamos autonomia para reestruturar totalmente os serviços. O trabalho foi intenso, mas está aí o resultado”, ressaltou Pardini.
Hoje o Controle de Endemias trabalha com 70 agentes, distribuídos agentes setorizados, que realizam em média 1.680 visitas domiciliares diárias; supervisor geral; equipe de três agentes que monitoram quinzenalmente todos os pontos estratégicos; um supervisor para ações que envolvem inseticida, entre outros.
“Contra fatos não há argumentos. Os números mostram que o trabalho desta equipe serve como referência para todos os municípios que pretendem fazer do combate ao mosquito não apenas um trabalho, mas uma missão para salvar vidas”, afirmou o secretário de Administração, Valdecir Scarcelli, que representou o prefeito Sérgio Onofre no evento. 
Marcos Costa, da 16ª. Regional de Saúde, também destacou a posição de Arapongas. “É a cidade que tem o maior número de agentes de endemias contratados pelo município. Aqui o setor tem apoio e sabe empregar isso muito bem”, resumiu.
Após o evento, a diretora Márcia Musset convidou a todos para visitarem uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos. 

Paraná registra primeira morte 
O Paraná registrou a primeira morte por dengue desde o início do atual período epidemiológico, em 28 de julho. O óbito ocorreu em 17 de novembro no município de Nova Cantu, no Centro-Oeste do Estado. Trata-se de uma mulher de 31 anos que apresentava quadro de anemia crônica.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destaca que a situação da dengue no Paraná é grave e alerta toda a população para que adote com urgência as medidas preventivas, com uma verificação detalhada nos quintais, terrenos e ambientes internos das residências. “A maioria dos focos está em ambientes domiciliares e precisamos de uma ação urgente de toda a sociedade no combate ao mosquito. Dengue mata”, afirma Beto Preto.
 O boletim semanal da dengue divulgado ontem pela secretaria estadual da Saúde registra 330 novos casos confirmados da doença em uma semana. 
Desde o início deste período epidemiológico, em 28 de julho de 2019, até agora, o Paraná soma 1.564 casos confirmados.