Ontem, dois trechos de rodovias do Vale do Ivaí registraram bloqueios de caminhões por manifestantes, segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE). Na PR 466, na altura do Km 100, em Jardim Alegre e nos Kms 91 e 800, em Lidianópolis, carros pequenos, ambulâncias e veículos de emergência, além de caminhões e furgões com cargas de produtos perecíveis, eram liberados a passar pelo local.
A mobilização dos caminhoneiros também levou moradores de Apucarana aos postos de combustíveis para encher o tanque. Os estabelecimentos registraram maior movimento na noite anteontem e manhã de ontem. Motoristas relataram que ficaram com medo de faltar gasolina e etanol devido às manifestações que aconteciam pelo Paraná.
Proprietário de postos de combustíveis em Apucarana, o empresário Davi Menezes conta que o número de clientes pela manhã aumentou consideravelmente e pequenas filas se formaram. “Há uma preocupação real das pessoas, pois existe a possibilidade de paralisação dos caminhoneiros. A gente anda trabalhando com um estoque baixo recentemente e isso preocupa mesmo”, afirma.
Após o presidente Jair Bolsonaro gravar um áudio pedindo para que os caminhoneiros liberassem as estradas, dizendo que a paralisação poderia atrapalhar a economia e prejudicaria os mais pobres, pontos de manifestações pelo Brasil e Paraná começaram a diminuir.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em informativo divulgado às 19h de ontem, apenas dois pontos em rodovias do estado ainda mantinham manifestações: BR-376, no Km 502, em Ponta Grossa, onde havia restrição para a passagem apenas de caminhões-tanque, e na BR 373, no Km 247, em Guamiranga, onde estava intermitente a restrição da passagem dos veículos de carga.
Pelas rodovias estaduais, por volta das 18h15 a PRE informou que os protestos ainda eram mantidos na PR 092, Kms 235 e 800 (Wenceslau Braz); PR-466, Km 100 (Jardim Alegre), Kms 91 e 800 (Lidianópolis) e PR 151, Km (Ribeirão Claro). (VITOR FLORES E LIS KATO)