Uma pesquisa inédita desenvolvida pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) vem para comprovar uma velha máxima paranaense que diz que a força deste Estado vem do campo.
Graças a um novo método de estudos desenvolvido pelos técnicos, que cruzaram diversas fontes de informação, incluindo dados da nota fiscal eletrônica, o Ipardes apontou que o agronegócio é responsável por 33,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná, valor que, em 2017, chegou a R$ 142,2 bilhões. Ou seja, de cada R$ 100 gerados no Estado, R$ 33,90 são originados por setores do agronegócio.
Para se ter uma ideia da amplitude deste setor, no Brasil, nesse mesmo período, o agronegócio teve participação de 21,4% no total de todos os bens e serviços produzidos, segundo cálculo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), o que realça a força do agro paranaense.
Em tempos de coronavírus, cujo impacto econômico deve ser brutal e, por enquanto, muito difícil de ser calculado, novamente o campo pode ser o diferencial que vai pesar positivamente na balança da economia do Paraná.
A safra da soja deste ano, que está sendo finalizada no campo, tem perspectivas excelentes após um período climático bastante favorável. No auge da crise econômica foi também o agronegócio que segurou o PIB.
A agricultura sempre foi a força do Estado que, entretanto, soube ir além. O agronegócio, vale ressaltar, é um termo derivado de agribusiness, inventado por professores da Universidade de Harvard em 1957. Ele engloba todas as operações de produção de insumos e bens de capital usados no campo, a atividade agropecuária propriamente dita nas propriedades rurais, e os serviços de armazenagem, processamento e distribuição dos produtos e derivados, que inclui alimentos, bebidas, fibras, energia renovável, papel etc. Ou seja, o campo é um setor em crescimento sempre.