No dia 13 de dezembro, a Diocese de Apucarana completará um ano sem bispo. A data marca o início do bispado de Dom Celso Antônio Marchiori em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o monsenhor Roberto Carrara, pároco da Catedral Nossa Senhora de Lourdes, a diocese nunca ficou tanto tempo sem um titular na função.
"É uma situação complicada, pois as decisões mais importantes são direcionadas ao bispo. Temos um administrador diocesano, mas, sinceramente, não sei porque ainda não nomearam um novo bispo”, afirma o monsenhor Carrara.
Segundo ele, a escolha é um processo minucioso que ocorre em sigilo pontifício. Ele explica que os trâmites ficam sob a responsabilidade do Núncio Apostólico, que é o representante diplomático permanente do Papa Francisco junto ao governo brasileiro.
“Quando ocorre uma transferência ou morte, o representante do Papa inicia um trabalho de escolha daquele que será o substituto”, comenta.
Após solicitar indicações de possíveis nomes, o Núncio Apostólico inicia uma pesquisa aprofundada, buscando informações sobre cultura, saúde, linha política, comunicação com a população e outros detalhes sobre a personalidade do candidato ao cargo.
“As respostas são examinadas por uma equipe e serão selecionados cinco ou seis melhores. Depois os nomes e as informações serão encaminhados para a congregação dos bispos que reúne cardeais nomeados pelo Papa”, explica.
Por fim, três nomes serão encaminhados ao pontífice, que é o encarregado de escolher um nome. Contudo, Carrara salienta que o escolhido tem a opção de recusar o convite. “Se acontecer de ele recusar, aí começa tudo de novo”, comenta.
Como ainda não há previsão para uma nova nomeação, a administração da diocese continua sob a responsabilidade do padre João Ozório de Oliveira, da Santíssima Trindade de Arapongas, que assumiu o posto em fevereiro deste ano. As nomeações de novos bispos costumam ocorrer às quartas-feiras, conforme praxe do Vaticano.
PISO DA CATEDRAL
Foi concluída ontem a manutenção do piso da Catedral Nossa Senhora de Lourdes. Durante a limpeza, iniciada no fim de novembro, a catedral ficou fechada, com missas e orações sendo realizadas na cripta.
Segundo o monsenhor Roberto Carrara, o piso atual foi colocado em 1973 e estava todo manchado por conta da ação do tempo e do uso. Para realizar o procedimento e devolver ao piso o brilho do passado, os bancos da igreja foram removidos e toda a área da igreja foi polida e, em alguns pontos, lixada. “O piso ficou lindo. A catedral está até mais luminosa”, elogia Carrara.
De acordo com ele, os bancos serão reposicionados hoje e a catedral retoma a programação normal. A manutenção tem um custo estimado de R$ 20 mil. O dinheiro foi arrecadado junto ao dízimo.