POLÍTICA

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Gaeco investiga licitações em Cruzmaltina e região

Editoria de Política

| Edição de 17 de outubro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Operação culmina com a prisão do prefeito de São Jerônimo da Serra
O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou ontem a Operação Déjà-vu, voltada a coibir crimes contra a administração pública como fraude em licitações, corrupção e falsidade ideológica, entre outros. Foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva – um deles contra o prefeito de São Jerônimo da Serra, João Ricardo de Mello (PPS), que também foi suspenso liminarmente do cargo – e 43 de busca e apreensão em sete cidades da região, entre elas, Cruzmaltina, e na Capital.
Além do prefeito de São Jerônimo da Serra, foram presos preventivamente seis empresários e uma pessoa que intermediava negociações. O vice-prefeito da cidade, a secretária municipal de Saúde e um servidor da administração do município foram afastados do cargo por liminar judicial. O vice ainda foi preso em flagrante por posse ilegal de armas. As ordens de busca e apreensão foram executadas em gabinete da prefeitura e secretarias de São Jerônimo da Serra e em residências e empresas dessa cidade e também em Londrina, Cambé, Cornélio Procópio, Assaí, Cruzmaltina, Nova Santa Rosa e Curitiba.
Em Cruzmaltina, os agentes do Gaeco estiveram na residência da prefeita Luciana Lopes Camargo (PSDB), onde apreenderam celulares da prefeita e do esposo Maurício Bueno de Camargo para averiguações.
Em nota, Luciana e Maurício frisam que a Prefeitura não é a investigada, mas sim uma empresa de Londrina suspeita de cometer fraudes em licitações em conluio com alguns prefeitos. No caso de Cruzmaltina, a prefeita assegura que jamais isso ocorreu e jamais ocorrerá enquanto ela estiver no cargo. “Em Cruzmaltina, todas as licitações são realizadas na mais perfeita lisura e tenho certeza de que o Ministério Público vai se certificar disso”, afirma Luciana.
O MPPR apura a existência de um conluio entre os investigados para fraudar licitações em diversas secretarias, com destaque para irregularidades ligadas à compra de peças e manutenção da frota de veículos municipal.