Mais um aumento mexeu com o bolso dos brasileiros ontem. A Petrobras elevou 4% o valor da gasolina nas refinarias pela segunda vez em pouco mais de uma semana. O preço médio da gasolina, hoje em R$ 4,39 em Apucarana, deve chegar a R$ 4,55 por litro, um aumento médio cerca de R$ 0,16 nas bombas.
O último aumento aconteceu no dia 19 de novembro, quando a gasolina foi elevada em 2,8%, após mais de 50 dias sem alterações no preço. A Petrobras decide sobre os preços dos combustíveis com base em fatores como a cotação internacional do petróleo e o câmbio. Essa norma está em vigor desde setembro de 2018 e atualmente a cotação vem sendo pressionada em relação à desvalorização do real frente ao dólar.
Em Apucarana, o empresário Wellington Kreb, dono de um posto de combustível, ainda não mudou o preço da gasolina, mas segundo ele, o valor deve mudar até sexta sem falta. “Fiz as compra do novo combustível ontem. O diesel e o etanol continuam nos mesmos valores, porém devem mudar em breve”, explica.
O empresário ainda não definiu o reajuste devido à concorrência. “Não quero perder litragem, nem os meus clientes. Por isso, vou manter a média para não assustar as pessoas que frequentam nosso posto”, comenta.
Segundo Carmen Lucia Izquierdo Martins, proprietária de um posto de combustível em Apucarana, a alta no preço da gasolina se deve ao aumento do dólar nas refinarias. “O valor do aumento deve ser 4,05%. A margem está muito alta e nesses percentuais não há como absorver”, explica. Para a empresária, gasolina a preços abaixo de R$ 4 devem ser analisadas pelo consumidor. “É preciso conferir a qualidade do combustível”, reforça.
ARAPONGAS
Em Arapongas, o preço da gasolina já está atualizado no posto de Euclides Piovesana. “Eu comprei combustível anteontem e por isso, está no preço novo. Não tem muito o que a gente fazer. Para não perder clientes, vamos manter o valor de acordo com os outros postos da região”, conta. Ela reajustou o preço da gasolina ontem a R$ 4,55.
Os consumidores já estão reclamando do aumento da gasolina. O empresário Antônio Carlos Machado, 56 anos, disse que qualquer mudança no preço é significativa para o trabalhador. “Quem está no vaivém do dia a dia sempre vai refletir sobre o aumento do preço do combustível, ainda mais eu que trabalho com confecção e o custo final sempre pesa no bolso”, explica.
Quem também sentiu no bolso foi Nelson Júnior, 44, que é técnico em equipamento médico hospitalar e precisa andar de carro quase o tempo todo. “Todo aumento atrapalha porque a situação do país está difícil, porém já haviam avisado que iria ter um reajuste a cada três meses. Esperamos que o pais desenvolva e estabilize a situação”, espera.