CIDADES

min de leitura - #

Ongs se adaptam ao ‘novo normal’

DA REDAÇÃO

| Edição de 29 de julho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Entidades assistenciais da região mudaram drasticamente a rotina de atendimentos por conta da pandemia de coronavírus. Sem poder realizar atividades presenciais, algumas precisaram se adaptar ao atendimento remoto e até mesmo, adotar outras medidas de assistência às famílias cadastradas. A queda na receita financeira também já atinge algumas instituições. 

Em Apucarana, a Escola de Desenvolvimento Humano Casa do Caminho (Edhucca), que oferece cursos de qualificação profissional e apoio a famílias em situação de vulnerabilidade, está com as salas de aulas vazias pela primeira vez em 15 anos, como conta a presidente da entidade Aída Assunção. “Apenas nosso administrativo e nossa cozinha continuam trabalhando para suprir algumas necessidades financeiras. Nossas aulas estão todas suspensas, com exceção do curso jovem aprendiz, que disponibiliza vídeo aulas. Também continuamos a oferecer atendimentos psicológico e de assistência social de forma remota”, conta. 
De acordo com Aída, a arrecadação da entidade durante a pandemia chegou a cair 30%, principalmente pelo fato do bazar não poder ser realizado. Em contrapartida, ela afirma que as doações de cestas básicas aumentaram bastante durante o período de pandemia, o que tem permitido que todas as cerca de 100 famílias cadastradas na entidade recebam reforço na alimentação todos os meses. “Nossa gente é muito solidária e, graças a essa solidariedade, podemos suprir essa necessidade das famílias enquanto nossas aulas ficam suspensas”, disse. 
APAE
Outra entidade assistencial que teve a rotina bastante atingida pela pandemia foi a Apae de Apucarana. Desde o final de março, quando houve a determinação da suspensão das aulas, a instituição também interrompeu as aulas e permanece aguardando as orientações do governo para o retorno seguro dos alunos. 
De acordo com o presidente da entidade Luis Fernando Frias, a suspensão das atividades não teve um impacto financeiro considerável, mas causa um prejuízo ao desenvolvimento dos alunos. “Estamos disponibilizando atividades para que os alunos estudem em casa, mas apenas alguns pais vêm até a escola para retirar. Nossos atendimentos da parte de saúde estão praticamente parados. Estamos disponibilizando alguns profissionais, mas por medo do vírus, os pais não trazem os alunos para tratamento. Tudo isso é muito difícil, porque,  em alguns casos, compromete o desenvolvimento motor e intelectual da criança que estava em tratamento. Com o fluxo menor de atendimentos, precisamos demitir alguns profissionais da saúde durante este período”, esclareceu Frias.