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Pitaya vira alternativa de renda na região

Ivan Maldonado

| Edição de 10 de março de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Natural do México e América Central, a fruta exótica pitaya, que tem chamado atenção pelos benefícios que traz a saúde, aos poucos tem ganhado mercado e a atenção dos produtores. No Vale do Ivaí, já tem produtores investindo nesta cultura para diversificar a produção e ter uma nova alternativa de renda. Da família dos cactos, a fruta pode ser consumida in natura, em saladas ou utilizada em sucos, geleias, doces, iogurtes e tortas. 

Imagem ilustrativa da imagem Pitaya vira alternativa de renda na região


Em Jardim Alegre, os irmãos João Donizete da Silva e Marlene Piloni apostaram cultura e, há cerca de dois anos, realizaram o plantio de 300 mudas em uma área de aproximadamente 1,8 mil metros quadrados na localidade de Água do Cascalho. Há cerca de 30 dias, os irmãos começaram a colher a primeira safra. “Na verdade teremos uma mini safra, porque está saindo antes do esperado. Normalmente o tempo médio da primeira colheita é de dois anos e meio a três anos. Como ela não está formada a colheita tem muitos pés que ainda não estão produzindo”, comenta. 
Com a cultura formada, o período de safra é entre os meses de novembro a abril. “Neste ano a expectativa é de colher pelo menos uns 500 quilos. Com ela formada, na próxima safra que começa em novembro, a tendência é colher bem mais. Em média cada pé produz de 40 a 50 quilos”, relata Silva. Atualmente os irmãos produzem a variedade com a polpa branca e a polpa roxa. 
Silva conta que conheceu a fruta em uma propriedade em que trabalhava em Jandaia do Sul. Os investimentos para introdução da cultura chegaram a aproximadamente R$ 12 mil. “Isso porque ganhamos as mudas meu ex-patrão (que é produtor ) que foi quem me incentivou a plantar aqui em Jardim Alegre. O gasto maior foi com a madeira que sustenta as plantas, que tem que ser tratada”, relata. 
A produção dos irmãos, por enquanto, é comercializada em alguns mercados de Jardim Alegre e Ivaiporã. Marlene é a responsável pela venda e entrega dos produtos. “Nos primeiros dias muita gente não conhecia. Um pouco eu vendi e uma boa parte acabei distribuindo de graça, como forma de propaganda. Agora, em poucas semanas, já estamos com bastante pedidos. Tem chamado muito atenção pelos benefícios que traz a saúde e tem caído no gosto pessoas por ser uma fruta que se assemelha ao Kiwi, mas a polpa é mais doce e macia. Muito recomendada para diabéticos e pessoas com baixa imunidade”, relata Marlene. 
Com os bons resultados iniciais, os irmão já pretendem ampliar a produção. “Já temos as mudas e estamos com madeiramento preparado. A ideia é plantar depois do inverno, para não correr risco da geada. Também estamos pretendo plantar uma nova variedade com polpa rosa. É um investimento a longo prazo, mas que tem resultados muito satisfatórios já que tem mercado certo”, completa Marlene. 

Fruta tem poucas calorias
A pitaya também é uma alternativa para quem quer controlar o peso. De acordo com estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 100 gramas possuem apenas 50 calorias e a fruta possui propriedades termogênicas (ajudam na queima de gorduras). 
Outras duas substâncias importantes na dieta também são encontradas: glucagon, que proporciona sensação de saciedade, e tiramina, que inibe o apetite.
A fruta também é apontada como facilitadora da digestão, devido à presença de sementes na polpa, e combate doenças cardiovasculares, pois tem ácidos graxos e ômega 3.