O transporte coletivo está na mira da Câmara Municipal de Vereadores que aprovou anteontem requerimento para obter informações das empresas responsáveis pelo transporte metropolitano de Apucarana. A solicitação foi pautada após reclamações de usuários sobre superlotação e redução do número de ônibus e linhas,o que inviabiliza os cuidados de prevenção do coronavírus. Ontem, a direção da Viação Apucarana Ltda. (VAL), responsável pelo transporte municipal, também foi convocada para uma nova reunião na câmara.
E não é somente o transporte metropolitano que está recebendo reclamações. Usuários do transporte municipal relatam problemas com superlotação, redução de carros e de horários nas linhas. A auxiliar administrativa Camila Silva, 25 anos, conta que o ônibus das 6h40, o qual ela usava para ir trabalhar, já não passa mais no Núcleo Habitacional Afonso Camargo. “Passa somente um em todo nas 7 horas e antes somente um às 6h20”, afirma.
Além disso, em alguns dias os veículos ficam lotados de passageiros. “Hoje (ontem) mesmo estava lotado, com muitos idosos tossindo. Acredito que seja por conta da época de pagamento, mas manter distância de 1,5 metro é impossível. Teria que aumentar o número de carros nos horários de pico, porque as empresas estão voltando aos poucos e a aglomeração só aumenta”, afirma.
A vendedora Jéssica Stoco de Almeida, 31 anos, que também utiliza o transporte público diariamente, diz que já flagrou o motorista deixando passageiros entrar sem máscaras. “Umas duas vezes eu já vi o motorista deixar entrar sem máscara”, afirma.
OUTRO LADO
O encarregado operacional da VAL, Leozé dos Santos, informou que vários ajustes foram realizados após o primeiro encontro na Câmara e que a empresa continua em adaptação para melhorar o atendimento, readequando as linhas e o número de veículos conforme a necessidade.
Ele afirma que os horários estão praticamente normalizados mesmo com número de passageiros menor em relação ao fluxo antes da pandemia. Quando houve a paralisação geral, em março, Santos lembra que a quantidade de passageiros reduziu drasticamente. “Conforme as atividades do comércio foram voltando, fomos colocando mais veículos nas ruas”, assinala.
Santos explica que não houve corte de linhas e sim uma adaptação de horários por conta do número reduzido de passageiros. A tendência é que os horários e as linhas voltem a funcionar como antes. “Antes o comércio estava fechando às 16 horas e a partir de segunda passou a fechar às 17 horas. Por isso em alguns horários acontece alguma lotação, mas não tem como colocar carro sem saber onde precisa”, justifica.
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