OPINIÃO

min de leitura - #

​ Mais educação para reduzir as tragédias no trânsito

Da Redação

| Edição de 12 de junho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A tragédia envolvendo o ciclista araponguense Diego Henrique Oliveira da Silva, de 25 anos, chama atenção para a violência provocada por alguns condutores no trânsito. O jovem morreu após ser atingido no início da manhã de sábado em plena ciclovia da Rua Rouxinol. O motorista, com sinais de embriaguez, foi preso e deve responder por homicídio culposo. Há a suspeita de que o condutor, um jovem de 18 anos, participava de um racha com um motociclista. 

Essa reincidência de casos de motoristas dirigindo embriagados pelas ruas do país merece uma reflexão, mesmo após mudança na lei que tornou mais rígida a punição de condutores flagrados nessa situação. Pelas novas normas, a pena para quem causar morte no trânsito e estiver alcoolizado pode variar entre cinco a oito anos – antes era de dois a quadro anos. 
Mesmo assim, o número de flagrantes de motoristas dirigindo embriagados não para de crescer nas rodovias brasileiras. 
No caso de Arapongas, a irresponsabilidade do motorista do carro é ainda maior. Além de dirigir sob influência de bebida alcoólica, ele participava de um racha na Rua Rouxinol. O ciclista foi atingido na ciclovia quando se dirigia para o trabalho. É algo inaceitável, que mostra o grau de violência que o trânsito pode alcançar. 
Por isso, a importância da educação no trânsito. É preciso mudar radicalmente o comportamento das pessoas, já que o rigor das leis por si só não é suficiente. Nesse contexto, o poder público tem a missão de ampliar a informação levada à população, principalmente, aos mais jovens. Temos que formar cidadãos mais responsáveis. 
Infelizmente, o trânsito é espelho da própria sociedade. A falta de educação, de respeito e de civilidade podem ser encontradas em várias áreas. A falta de educação, de modo geral, é o principal problema que precisa ser combatido. 
A violência no trânsito ceifa vidas inocentes. O jovem morto em Arapongas estava indo trabalhar, na ciclovia, respeitando as regras, mas morreu por conta da irresponsabilidade de outras pessoas. É uma morte que gera indignação. 
Apesar disso, é preciso enfrentar esse desafio, lutando por um trânsito mais seguro. Isso deve ser encarado como uma missão por todas as pessoas. Além da importância, sim, de ampliar as punições, cada cidadão precisa se conscientizar e também levar informação sobre o assunto para os seus filhos. Somente quebrando paradigmas é que será possível mudar o panorama, ajudando a evitar tragédias como essa registrada no último sábado em Arapongas.