OPINIÃO

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Melhorar estrutura do IML é desafio para novo governo

Da Redação

| Edição de 30 de novembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O governador Ratinho Junior (PSD), que assume em 1º de janeiro de 2019, terá muitos desafios pela frente. Um deles, sem dúvida, será resolver a situação do Instituto Médico Legal (IML). Esse importante órgão sofre com defasagem de pessoal e problemas estruturais em praticamente todo Estado há bastante tempo. Será preciso um esforço para tentar resolver a situação de uma forma definitiva.

Nesta semana, a Tribuna trouxe reportagem sobre o IML de Apucarana. A unidade tem apenas um médico-legista em atividade. No começo do ano, eram quatro profissionais trabalhando. Com isso, serviços só podem ser realizados no local durante uma semana por mês. Nas outras semanas, é preciso se deslocar para a unidade de Londrina. 
A situação afeta muitas pessoas que já estão em momento delicado com a perda de familiares de forma violenta. Por conta dessas deficiências, corpos são levados até Londrina, onde são necropsiados e depois trazidos de volta para Apucarana. Na maior parte das vezes, o próprio IML se encarrega desse transporte. Porém, em alguns casos, familiares da pessoa morta e funerárias precisam ir até Londrina.
O problema é ainda maior porque a falta desses profissionais não é exclusividade de Apucarana. Londrina também tem carência de médicos-legistas, o que atrasa ainda mais os processos.
A unidade do IML de Apucarana sofre ainda com a ausência de outros profissionais. Por exemplo, há dois veículos hoje, mas apenas um motorista. Até pouco tempo, eram três viaturas. Porém, um veículo de transporte de Guarapuava, no Centro-Sul do Estado, sofreu um acidente em setembro e um dos carros de Apucarana foi remanejado para o município. 
Além das necropsias, a defasagem de pessoal prejudica outros serviços prestados, como exames de corpo de delito.
O governo do Estado informa que três médicos-legistas aprovados em concurso serão chamados em breve. Independentemente disso, a futura gestão precisa reorganizar o IML de modo geral no Paraná. Trata-se de um serviço que precisa atender de forma rápida e precisa, pois atua em um momento de extrema dor e vulnerabilidade. Deixar familiares esperando horas e horas pelos seus parentes mortos é inaceitável.