POLÍTICA

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‘Justiça eleitoral também teve que se adaptar à pandemia’

DA REDAÇÃO

| Edição de 14 de novembro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O eleitor que estiver com sintomas de covid-19 não deve comparecer às urnas. O alerta é da juíza eleitoral de Apucarana, Ornela Castanho. Em entrevista exclusiva para o Jornal da Tribuna ela esclareceu dúvidas sobre as eleições municipais 2020 e avaliou o impacto da pandemia no processo eleitoral.

Segundo a juíza, a pandemia obrigou a Justiça Eleitoral a se adaptar. Ela destaca que o Tribuna Eleitoral da Justiça já vinha trabalhando digitalmente. “Claro que todo mundo precisou se adaptar. Porém, como a maior parte já era sistema e digitalizado, não foi muito difícil que os processos passassem a ser todos digitalizados. Isso até agilizou, já que em home office temos menos interrupções durante o trabalho e a produção até aumentou”, complementa.
Caso o eleitor esteja com sintomas da Covid-19 no dia 15, Ornela orienta que ele não compareça ao local de votação. “Se estiver com febre, dores no corpo, além de outros sintomas, o eleitor não deve ir votar. No entanto, é recomendado que ele vá até um posto de saúde e peça um atestado médico para a comprovação do seu estado de saúde. O prazo para justificar é até dia 14 de janeiro de 2021”, acrescenta.
As propagandas eleitorais digitais, como em Facebook, Instagram e WhatsApp, que foram as principais ferramentas em uma campanha na pandemia, conforme a juíza, já eram esperadas. “Em 2018 as redes sociais já foram muito utilizadas e este ano, devido à pandemia, foram ainda mais utilizadas. A Justiça Eleitoral, assim como todos, teve que lidar com isso. A gente tem que se adaptar com a era digital. A gente recebeu algumas denúncias e vamos controlando desta forma”, afirma.
A juíza destaca que a justiça eleitoral tem papel fundamental nas eleições. “A justiça tem vários papéis para eleição, tanto na parte dos bastidores, como na organização. Tudo o que acontece dia 15 é organizado pela Justiça Eleitoral e pelos cartórios, desde a logística do transporte de urnas, mídias, informática digital e também para o dia das eleições. A justiça eleitoral é quem viabiliza o ápice da democracia: a votação”, explica.
Ornela diz que caso o cidadão veja alguma irregularidade durante o período que antecede as eleições, que entre em contato com a Justiça Eleitoral. “A justiça tem seu tempo que não alcança a rapidez da internet. Muitas vezes o trabalho será posterior, mais uma reparação. Pois a internet é muito rápida e a justiça tem seu prazo, precisa do pedido e que seja analisado”, explica.