POLÍTICA

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Para senador, intervenção no Rio não pode ser interrompifa

Folhapress

| Edição de 20 de fevereiro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse ontem que não faz sentido ter feito uma intervenção federal no Rio de Janeiro se for para extingui-la com o objetivo de votar a reforma previdenciária.

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Na semana passada, o presidente Michel Temer afirmou, em pronunciamento no Palácio do Planalto, que o decreto que nomeou um interventor será interrompido para a tramitação das mudanças nas aposentadorias, mas não deu um prazo para que isso ocorra.
“Se for para fazer uma intervenção e chamar a todos nós e, daqui a cinco dias, dizer que foi um equívoco porque precisa votar matéria A ou matéria B, não teria sentido ter feito a intervenção”, disse o senador.
Em entrevista à imprensa, após reunião no Palácio do Alvorada, Eunício disse ter dúvidas se haveria condições políticas no Congresso Nacional de se aprovar um novo decreto de intervenção caso o atual seja revogado para a votação de uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional).
“Se ele fizer a revogação, extingue-se a intervenção no Rio de Janeiro. E para fazer uma nova intervenção eu não sei se teria a condição política de fazer. Aí, o que a sociedade iria dizer? O que íamos dizer? Que não havia necessidade da intervenção. E ela é necessária”, disse.
A ideia do Palácio do Planalto seria revogar o decreto e, enquanto se tramita a reforma previdenciária na Câmara dos Deputados, publicar uma medida de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que permitiria às Forças Armadas que atuassem com poder de polícia no Rio de Janeiro.
Nos bastidores, contudo, a proposta de se votar a mudanças nas aposentadorias em fevereiro é descartada e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já disse que irá tirar o assunto da pauta legislativa caso não seja votado neste mês.