POLÍTICA

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Roberto Freire vê PT fora da realidade política do País

DA REDAÇÃO

| Edição de 15 de setembro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O presidente do Cidadania, Roberto Freire, discordou ontem de que os atos do último domingo tenham sido um teste para a terceira via. “O movimento de domingo não teve nada a ver com a construção de uma terceira via, até porque, se fizer isso, divide o que não pode ser divido. Ao contrário, a gente precisa de uma maior unidade”, disse. Ele também alertou que o apoio a qualquer ato de rua contra Bolsonaro é necessário para “garantir 2022” e criticou a postura do PT de não participar do movimento. “O que está em jogo implica inclusive garantir 2022 e quem não tem isso em mente está fora da realidade brasileira e isso é o que me preocupa nas atitudes do PT”.

Freire observa que as escaladas do presidente Jair Bolsonaro contra a democracia devem ser observadas à luz da história e a que a resposta deve vir da mesma forma, isto é, resgatando caminhos trilhados em outros tempos para a reestruturação política do país. Ele citou como exemplo a Aliança Democrática formada em 1984 para derrubada do regime militar que uniu siglas de diferentes espectros.
“O que precisa ser colocado é que ninguém está discutindo uma terceira via neste movimento. Se fizer isso, Bolsonaro agradece. Se houver unidade, o impeachment pode vir, mas essa discussão não traz unidade. Tem problemas, eu sei disso, mas eu quero lembrar vários episódios que mostram que, se não nos unirmos, o nosso inimigo ganha”, acrescentou.
Freire fez questão de ponderar, ainda, que participar de atos de rua em conjunto não implica fechar alianças ou, nas palavras dele, “casamentos políticos”. “Não estou pedindo o casamento do PT com MBL, mas que participem juntos na frente que se pretende combater Bolsonaro”. O presidente do Cidadania ressaltou, ainda, que a orientação repassada ao partido é de que participem de todos os atos contra Bolsonaro e pelo impeachment que forem promovidos, inclusive os do início de outubro, os quais têm apoio do PT e Psol. 
A Executiva do Cidadania oficializou o nome do senador Alessandro Vieira (SE) como pré-candidato à presidência. Vieira participou dos atos na Avenida Paulista no último domingo, quando também foi contabilizada a presença de outros postulantes a candidaturas presidenciais como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o governador de São Paulo, João Dória (PSDB).